segunda-feira, 4 de maio de 2015

Diario de Manigold - D1111 - odontologia de mãos dadas com Oncologia

Por algum motivo, que eu confesso não saber qual, (criem, especulem, teorizem, todas vão valer) sempre que penso em escrever no blog sobre o assunto cai num dia que faz sentido, parece algo cabalístico hehe.

Pois bem,

Algumas coisas são interessantes comentar, e espero que compartilhe essa informação:
Descobri a doença relativamente numa idade intermediária, acredito eu(25 anos).
Por um acaso não havia feito nenhuma extração de siso. (últimos dentes molares )
Descobri a pouco e da pior forma que o ideal é que para todo o paciente que entra em
tratamento de cancêr é aconselhável que se tenha um acompanhamento odontológico.

Principalmente para aqueles a qual se destinarão um tratamento radioterapêutico.
Segue trecho de uma entrevista do Dr. Drauzio Varella com o Dr. Cesar Augusto Migliorati (cirurgião dentista)


Drauzio – No caso do câncer, há uma infinidade de patologias da boca provocadas por agentes oportunistas, germes que infectam pessoas já debilitadas, mas muitas das complicações decorrem de tratamentos clássicos como a radioterapia e a quimioterapia. Vamos nos deter nos doentes que recebem radiação na área da boca. Quais os cuidados gerais a serem tomados e quais as complicações que esses doentes costumam apresentar?

César Augusto Migliorati – A primeira coisa a destacar é que fazemos parte de uma equipe e trabalhamos ativamente ao lado do radioterapeuta. Procuramos discutir com ele quais áreas serão irradiadas e que tipo de providências devem ser tomadas para prevenir complicações. Uma das mais severas que podem ocorrer é a xerostomia, ou boca seca. Como a radioterapia altera a função das glândulas salivares, o paciente fica com a boca muito seca o que prejudica sua qualidade de vida como um todo na medida que dificulta a fala, a mastigação, a deglutição e a formação do bolo alimentar.

Pois bem, já é sabido que o tratamento de quimioterapia  e radioterapia são agressivos, e segundo o doutor o responsável por amenizar os efeitos é o próprio radioterapeuta , criando uma série de proteções com chumbo para proteção dos dentes durante a aplicação da "rádio".
E por que essa preocupação e ao mesmo tempo o porquê de eu ter dito que descobri da pior forma?
Como eu havia falado, nunca havia extraído qualquer dente (citei o siso, pois é mais comum). E a dentista que estou frequentando ao saber da minha patologia me alertou sobre os risco de fazer uma extração após o tratamento radioterápico. Um dos quais há risco de mutilação, ou seja, a não cicatrização do caso de extração, podendo até perder parte da mandíbula caso isso realmente aconteça.

Dai você pode dizer: "oh my God, please NO! O que posso fazer então????"

Nesse caso, é simples, NÃO EXTRAIA O DENTE.

Isso é um problema? SIM, claro que é um problema, eu não tenho espaço para os dentes e 2 já estão erupcionados (leia-se nascendo ou nascidos) e vou ter que aprender a viver assim.
Mas dos males o menor correto?

Então caso esteja ou conhece alguém na mesma situação que eu, Alerte-o.
É sempre bom estar bem informado. Se possível faça um acompanhamento com um ortodontista, pergunte ao seu médico sobre a necessidade e busque sempre mais de uma opinião.
Espero ter ajudado! Se sim, deixe um comentário, ficarei feliz em saber. Caso contrário, continuo tentando.

Abraços e até a próxima!
Link para a entrevista inteira do Dr Dráuzio caso interesse >> clique aqui <<